Xbox Game Pass no Brasil: o que mudou, por que subiu tanto e se ainda vale a pena
O Xbox Game Pass, serviço de assinatura da Microsoft que revolucionou a forma de jogar ao oferecer centenas de títulos por um valor fixo mensal, passou por uma das maiores mudanças desde que chegou ao Brasil. E não foi pouca coisa: reajuste pesado nos preços, novos nomes de planos, fim do compartilhamento de contas e muita discussão nas redes sociais.
Mas afinal, o que aconteceu? Por que os valores subiram tanto? E será que ainda compensa assinar? Vamos destrinchar tudo! 👇
Os novos preços do Game Pass no Brasil
O ponto que mais gerou polêmica foi o reajuste dos preços. O valor praticamente dobrou em alguns planos, pegando de surpresa até os assinantes mais fiéis.
Antes vs Depois:
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Game Pass Core → virou Essential: de R$ 34,99 para R$ 43,90/mês
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Game Pass Standard → virou Premium: de R$ 49,99 para R$ 59,90/mês
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Game Pass Ultimate: de R$ 59,99 para impressionantes R$ 119,90/mês 🚨
Ou seja: quem jogava tranquilamente pagando R$ 59,99 no Ultimate agora vai desembolsar praticamente R$ 1.440 por ano.
O que mudou nos planos além do preço?
Além do aumento, a Microsoft reformulou os nomes e benefícios dos pacotes.
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O Essential foca mais no multiplayer online, parecido com o antigo Xbox Live Gold.
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O Premium é um meio-termo, com catálogo robusto, mas sem todos os extras.
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O Ultimate continua sendo o “all-in”: jogos no console, PC, nuvem, EA Play, recompensas exclusivas etc.
A ideia da Microsoft foi “reposicionar” o serviço para justificar os valores. Mas para muitos, a sensação é de que mudaram os rótulos e inflaram o preço.
O Fim do Compartilhamento de Contas (O Ponto Mais Polêmico)
Este foi outro golpe duro e a principal razão de tanta gente estar falando sobre o assunto.
- Como funcionava antes: O Xbox permitia que um usuário definisse um console como seu “Xbox principal”. Isso fazia com que qualquer outra conta que logasse naquele videogame tivesse acesso aos jogos e à assinatura Game Pass do dono da conta. Na prática, dois amigos compravam uma única assinatura Ultimate: um jogava em seu “Xbox principal” e o outro, o dono da conta, jogava em qualquer outro console ou no PC/xCloud. O custo era dividido por dois, tornando o plano Ultimate muito acessível.
- O que mudou: A Microsoft começou a reprimir essa prática, alinhando as regras para que o compartilhamento de benefícios da assinatura se aplique estritamente a usuários dentro da mesma residência. Embora ainda não haja um bloqueio por IP 100% confirmado em todos os casos, a comunicação oficial e as mudanças nos termos de serviço deixaram claro que o compartilhamento entre amigos de casas diferentes não é mais permitido e pode levar a restrições.
E os preços em outros países?
O aumento no Brasil parece ainda mais salgado quando comparado a outros mercados:
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EUA: Game Pass Ultimate custa US$ 19,99/mês (~R$ 106 na cotação atual).
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Brasil: R$ 119,90/mês.
Ou seja: mesmo com dólar alto, estamos praticamente alinhados ao preço americano, só que nossa renda média é muito menor, o que pesa muito mais no bolso do brasileiro.
⚠️ Problemas técnicos pioraram a situação
Para agravar, nos últimos meses usuários também reclamaram de:
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Dificuldades para resgatar recompensas (perks) no PC.
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Falhas na integração com EA Play e Ubisoft+.
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Contas ativas, mas sem acesso ao catálogo de jogos.
Resultado: a sensação geral foi de “estou pagando mais por um serviço que não está 100%”.
👉 Resumo
O Xbox Game Pass no Brasil passou por duas mudanças quase simultâneas em setembro de 2025, que entraram em vigor agora no início de outubro:
- Um aumento significativo nos preços de todas as modalidades do serviço.
- O fim da “brecha” do compartilhamento de contas entre amigos que moram em casas diferentes, que era a forma como muitos dividiam o custo da assinatura.
Ainda vale a pena assinar o Game Pass?
Depende do seu perfil de jogador:
👉 Vale a pena se você joga muitos lançamentos, alterna entre console e PC, e aproveita os extras (EA Play, jogos na nuvem etc).
👉 Não vale tanto se você joga apenas 1 ou 2 títulos fixos (às vezes sai mais barato comprá-los avulsos em promoção).
👉 Alternativas: comprar jogos em mídia física ou digital, aproveitar promoções sazonais (Black Friday, ofertas semanais) e até migrar para outros serviços, como PS Plus ou Amazon Luna (quando disponível no Brasil).
Conclusão
O Game Pass ainda é um dos serviços mais completos do mercado, mas no Brasil o aumento foi um baque pesado. A Microsoft parece querer alinhar preços globais, mas esqueceu que o poder de compra do jogador brasileiro não acompanha essa lógica.
Por isso, cada gamer agora precisa avaliar: vale pagar quase R$ 120 por mês pelo catálogo, ou é hora de pausar a assinatura?
E você, vai continuar no Game Pass ou pretende cancelar? Conta aí nos comentários!